Olá prevencionista!
Hoje vamos abordar um tema que considero fundamental, um
canal importante para a disseminação das informações de segurança, saúde e meio
ambiente de uma empresa, o DDS (diálogo diário de segurança).
Apesar de não existir uma norma regulamentadora
específica sobre o tema que torne sua prática obrigatória, o DDS é uma
ferramenta utilizada por muitas empresas, uma vez que é notória sua importância
no tocante a prevenção de acidentes de trabalho.
O
objetivo
O DDS é uma importante ferramenta
de conscientização e deve ser utilizado por todos os gestores para estimular a
percepção de riscos dos colaboradores, auxiliar na identificação dos riscos e
seus controles das atividades a serem realizadas e também para a divulgação de
campanhas de SSMA.
O
desenvolvimento
O desenvolvimento dessa atividade deve promover a
comunicação dos assuntos relacionados à saúde, segurança, qualidade e meio
ambiente, de modo proativo nas duas direções (dos lideres para os colaboradores
e vice e versa), devendo ocorrer o feadback para melhor entendimento do
tema.
Os temas devem ser definidos de
acordo com o perfil do trabalho a ser executado no dia, com foco nos eventuais
riscos que cada atividade pode oferecer, tais como, por exemplo, riscos
elétricos, queda em altura, espaço confinado etc.
Deve promover a discussão com foco na atividade critica, com suas
peculiaridades e pontos de atenção nos aspectos de SSMA.
Os DDS’s também podem ser utilizados
na divulgação de campanhas educativas, indicadores ativos e reativos, planejamento
do trabalho do dia, informações que reforcem o aprendizado com incidentes
ocorridos na empresa ou em outros locais que tenham a mesma característica
operacional. É de vital importância que a
conscientização atinja o maior número possível de pessoas.
É recomendável o registro por escrito do DDS,
constando o tema abordado, data e as respectivas assinaturas dos participantes
e da pessoa que conduziu o diálogo.
Quem pode realizar o DDS?
Apesar de existir a muito tempo e
ser comprovado a sua eficácia para manter os controles preventivos de
segurança, muitos líderes ainda insistem em dizer que o diálogo de segurança deve
ser realizado pelo profissional técnico em segurança do trabalho. Essa é uma visão
ultrapassada e deve ser esquecida, pois, quem melhor para falar dos riscos de
sua atividade que não quem a executa ou quem coordena as atividades?
Sim, o DDS pode ser realizado por
qualquer pessoa, principalmente os profissionais de liderança operacional.
O ideal é que haja um rodízio de
profissionais na execução do diálogo a fim de evitar a monotonia e
repetitividade.
Quanto tempo deve ser investido no DDS?
Cada empresa tem sua metodologia de
aplicação do DDS. Pela minha experiência no ramo de segurança, a duração sugerida
do DDS deve ser de 5 a 10 minutos. Não aconselho ser ultrapassado este tempo,
pois há o risco de perder o foco. Caso o tema promova uma interação da equipe
que leve mais tempo que o proposto, outro evento especifica deve ser utilizado
pelo setor para discutir o assunto apropriadamente.
Como se portar na aplicação do DDS?
Sugiro que siga essas recomendações
abaixo, principalmente para os profissionais que estão iniciando seu primeiro
diálogo.
a)
É recomendado que todo o
grupo permaneça em pé, livre de outras atividades (tais como preenchimento de
formulários, consulta a terminais etc). Este simples fato colabora para que a
duração seja curta, objetiva e eficaz, maximizando a concentração de todos.
b)
Deve ser estudado o tema antes de ministra-lo, evitando
assim perguntas as quais você não esteja preparado á responder;
c)
Evitar gesticulação de membros de forma desordenada, para
que os profissionais não percam o foco na sua fala.
d)
Falar com o tom de voz firme e em altura compatível para que
o público presente ouça a sua mensagem.
e)
Em efetivos maiores é recomendada a utilização de
dispositivos eletrônicos como microfone e som, ou simplesmente divida a turma
em equipes menores.
f)
Abertura da possibilidade de discussões construtivas pelos
participantes que gere reflexões sobre o tema abordado no dia.
g)
O grupo deve se esforçar para uma autocrítica do diálogo
sempre que o mesmo cair em temas genéricos, alheios ao setor, o que colabora
para o enfraquecimento desta ferramenta.
O
que não fazer no DDS.
Em algumas empresas muitos profissionais
aproveitam o tempo disponibilizado do DDS para divulgar assuntos como: salário,
feriados, descontos, reclamações diversas etc. Não permita isso, pois, a
qualidade do diálogo vai ficar comprometida. O palestrante não deve entrar em
discussão com assuntos que não sejam relativos à segurança, meio ambiente ou
saúde. Esses assuntos devem ser tratados em fóruns diferentes.
Em virtude do que foi apresentado, espero ter
desvendado alguns mitos do diálogo de segurança. Reforço a necessidade da
realização dos diálogos diariamente com as equipes de trabalho de forma atingir
100% do efetivo.
Esteja sempre preparado para realizar o
Diálogo com seu time.
Até mais time!
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